sábado, 1 de janeiro de 2011

1 de Janeiro: Feliz Año Nuevo

Ontem li um artigo do Mario Vargas Llosa sobre o "Cem anos de Solidão" do García Marquez. Dizia que o livro questionava a literatura ocidental marcada pela separação entre tempo e espaço. Marquez reuniria essas duas dimensões do existir. Fiquei um tempo refletindo e procurando esses elementos no que tinha de memória da obra, até desistir.

Ainda ontem liguei para minha família a desejar um feliz ano novo e ouvi suas vozes metálicas transmitidas pelo skype. Eu em Sucre, eles em Brasíllia. Lá, já quase haviam transposto o limite ritualístico da meia-noite, aqui a cidade ainda fervilhava nos preparativos pra festa. Pensei em todos que estão distantes, na saudade, no amor. Ri-me de estarmos tão distantes, vivendo momentos tão diferentes, mas estarmos ao mesmo tempo tão ligados: ligados na idéia de um nós que transcende tempo, espaço e se transforma num querer bem.

Que o próximo ano seja de querermo-nos, amigos. Um feliz ano novo ou, com tanto repetimos aqui, Feliz Año Nuevo.

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