segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sobre sereias

Aconteceu um dia desses: na beira do lago, o céu tingiu de rosa o firmamento. Foi um espetáculo rotineiro, como são rotineiros os acontecimentos mais relevantes. Achei que o mundo passava pra mim uma alegria que era meio laranja e tinha cheiro de lago, ou cheiro de vida não sei. A certeza que em mim habitava era a de sentir amor, que é o mesmo de sentir vida, mas em termos valorativos.

Carinhosamente o céu foi me lembrando que não, o que havia de fato era o reverso do haver antes pensado. Era eu quem jogava no mundo um cheiro de lago - ou de amor, ou de vida - que uma moça verdemente plantou em mim. E aí passei a acreditar em sereias...

Um comentário: