A nos observar: o mundo
Pulsando inteiro em existir somente.
O Sol que nasce atrás do ipê
e o mar que espera ao tempo seu,
pois o correr é de carros, relógios,
sapatos, gravatas, suores, cafés.
E a andorinha dizendo: sou.
O Espaço transposto em concreto,
em fumaça, em ondas curtas,
em altas frequências, em infra-vermelho,
em baixos amores, em sonhos perdidos
bem antes de serem!
E o Sol gritando: nasço.
Mas enfim, recomeço:
em carros, pessoas.
Em prédios, amores.
No café, o sonho
do dia que vem.
Em bares, assuntos.
No querer, nosso rumo.
No estar, alegria.
E em ser: poesia.
Nas amizades, pontes.
ResponderExcluir