sábado, 10 de setembro de 2011

Carta a Brasília

Eu admito que te traí. Quando vi pela janela do avião as suas matas secas e estradas poeirentas quis voltar imediatamente para os braços do mar. Eu não faço o tipo volúvel que larga um amor apenas pela beleza estonteante de outro. Acontece que muitas das coisas que antes me faziam te amar hoje me dão medo e vontade de ir embora. Aqui eu só vejo um monte de obrigações, decepções, uma alegria ou outra, mas é tudo bem mais ou menos. Em compensação acabei de voltar de um sonho e pulsa em mim a visão ainda fresca de uma vida outra. Mas está tudo bem, Brasília. Não serei covarde como em outras vezes: ficarei aqui contigo.

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